Em inglês o sufixo ing indica o gerúndio dos verbos. Expressando que a ação está ocorrendo naquele instante, ou seja, uma ação que está em andamento, não finalizada no momento em que se fala. Funciona da mesma forma que o ando, endo e indo no português.
Então… Já que não existe variação; não existe marketarei, marketaríamos, marketou-se… Logo, a palavra marketing indica algo eternamente contínuo! Nunca finalizado no momento em que se fala. Só existe a opção com o gerúndio. A ação não finalizada.
Mas, market é mercado, e mercado não é verbo!
A palavra market/mercado possui, dentre os seus variados significados, a definição de que é a atividade realizada entre compradores e vendedores de um determinado produto.
Temos aqui alguns sinônimos da palavra atividade: ação, movimento, atuação, funcionamento, natureza, operação, execução, realização, andamento…
Então direi que sim! Dentro de um determinado contexto, mercado é uma atividade, uma ação. Mercado é verbo!
Um tipo muito estranho de verbo. Não admitido oficialmente. Útil em contexto específicos e limitados. Mas! Usado e entendido.
Dentro deste entendimento, os americanos naturalmente falam sobre o mercado atividade, denominando e resumindo essa dupla de palavras (mercado atividade), em algo mais simples de se pronunciar: Marketing.
Em português, seria algo como: Mercadando, dendo ou dindo.
Não importa qual fosse escolhido. Todos soariam estranho. Então, para o bem da nossa comunicação alguém teve a sensatez de manter a versão do inglês.
O mercado atividade, é marketing! Market + ing, por ser algo eternamente contínuo.
Voltando ao titulo
“Marketing: praticar mercado a todo momento!”
Observado que mercado pode ser entendido como a atividade realizada entre compradores e vendedores; ou seja, compra, venda, entre outras interações; Estudar marketing, planejar e executar… é praticar mercado. Praticar a atividade de interação comercial.
Esta relação ocorre entre diversos personagens que compõem o mercado:
Entre fabricante e atacado; atacado e varejo; varejo e consumidor; consumidor e consumidor; fabricante e consumidor; consumidor e atacado etc.
Logo, o marketing envolve uma rica variedade de fatores como: negociação; forma de pagamento; qualidade de produto; branding; publicação; propaganda; atendimento; competitividade; inovação; entre muitos outros.
Na guerra comercial, marketing é a estratégia de combate. É como será realizada a pratica, a ação, a atuação dentro do ambiente.
Tudo que existe dentro de um negócio deve ser analisado pelo profissional a frente do marketing.
Competição contínua! Trata-se de lapidar e entregar o melhor para superar os concorrentes.
A todo momento!
Para finalizar, quero destacar o último pedaço do título: “a todo momento”.
Executar o marketing, trata-se de construir um ciclo de atuação e presença contínuos. O profissional deve garantir que o negócio seja lembrado sempre, e da melhor forma possível, é claro.
Mesmo quando a empresa estiver fechada, a sua marca deve ser lembrada: a todo momento.
Seja feriado, guerra, incêndio, eleições, dia de feira, hora de dormir, aniversário de sobrinho, churrasco com os amigos e todas as outras opções possíveis! O marketing deve estar sendo executado de alguma forma.
Todos os canais devem ser explorados. Boné; camisa; outdoor; anúncio nas redes sociais; rádio; TV; carro de som; anúncio no muro do terreno baldio; panfleto; patrocínio; etc.
Vamos observar um exemplo interessante. A Coca-Cola.
“Por causa da Segunda Guerra, o açúcar foi racionado nos EUA, porém as autoridades decretaram que as fábricas de Coca-Cola não sofreriam nenhum corte, pois ela se incluía entre os produtos vitais da guerra. Era enviada aos soldados dos Estados Unidos que combatiam na Europa, sob a ideia de faze-los sentirem-se mais próximos de casa”
─ https://segundaguerra.org/a-coca-cola-na-segunda-guerra-mundial/
Ou seja! A guerra comercial se encaixa em qualquer contexto. Todas as oportunidades são válidas.
Devemos praticar mercado a todo momento.